Literatura infantil e racismo: reflexões sobre o ensino das relações étnico-raciais
DOI:
https://doi.org/10.31416/rsdv.v13i1.1366Palavras-chave:
literatura infanto-juvenil, educação antirracista, racismo estrutural, desigualdade socialResumo
O artigo traz análise do livro infanto-juvenil Qual é a cor do amor? sob a perspectiva da necessidade de enfrentar o racismo estrutural e seu impacto negativo nas instituições de ensino e na vida de inúmeras crianças. A narrativa se desenvolve quando a protagonista, Paulinha, perde-se de seu pai, o Sr. Tomás, e é acolhida por uma família negra. Esse encontro desafia os preconceitos do Sr. Tomás, levando-o a refletir sobre suas atitudes e sobre o racismo profundamente enraizado na sociedade. Dessa forma, a obra apresenta a possibilidade de mudanças nas atitudes e pensamentos racistas, enfatizando que essas transformações podem ocorrer através do convívio e da empatia. O estudo explora conceitos apresentados ao longo do livro, abordando a prática histórica, cultural e social do racismo enraizado no país desde o processo de colonialismo. Além disso, destaca a importância da literatura infanto-juvenil e da educação antirracista como ferramentas essenciais para combater a desigualdade racial. O objetivo é promover a construção de uma geração mais justa e igualitária, compreendendo o valor de introduzir questões raciais desde a primeira infância, fomentando valores inclusivos e o respeito à diversidade.
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