A Libras como comunicação alternativa no auxílio de crianças com transtorno do espectro autista
DOI:
https://doi.org/10.31416/rsdv.v13i1.1283Palavras-chave:
Libras como comunicação alternativa, CA para pessoas com TEA, inclusão de alunos com TEA, educação inclusivaResumo
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB n° 9394/96) define a educação especial como uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento das potencialidades das crianças com necessidades educacionais específicas. Neste contexto, os educandos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são um exemplo, no qual a Comunicação Alternativa (CA) se faz essencial como uma forma de comunicação. Assim, o objetivo geral deste trabalho é apresentar a possibilidade do uso da Libras como CA no auxílio de crianças com TEA a partir de estudos científicos. O interesse pela temática surgiu através da convivência com uma criança não-verbal diagnosticada com TEA no ambiente do estágio, despertando o interesse pela aplicação prática da Libras. A metodologia adotada se baseia em uma pesquisa bibliográfica, utilizando bases de dados como SciELO, CAPES, Google Acadêmico e BDTD, e descritores como autismo, TEA, Libras, língua de sinais, Comunicação Alternativa, inclusão, Educação Inclusiva, gestos e expressões faciais. Os resultados indicam uma tendência positiva no uso da Libras como CA, embora haja um número incipiente de pesquisas nacionais relacionadas à temática. O artigo visa contribuir com o conhecimento de educadores e da sociedade, destacando como a Libras pode ser uma ferramenta valiosa no suporte a alunos com TEA, ou qualquer outro transtorno que afete a comunicação e a socialização.
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