A participação do homem como docente na Educação Infantil: uma revisão sistemática da literatura
DOI:
https://doi.org/10.31416/rsdv.v13i1.1269Resumo
A participação do homem como docente na Educação Infantil é um tema sensível quanto à sua aceitação em um espaço feminino. Busco despertar o desejo de reflexão sobre o tema proposto, e, para isso, a linguagem escolhida, provavelmente pelo meu lugar de fala, por vezes, beira o coloquial. Neste artigo, apresento dados que apontam para a feminização histórica e social da docência. Na legislação, procurei encontrar o perfil do educador de crianças. Ademais, dialogamos sobre os desafios de acesso e permanência do homem nesse ambiente. Objetivamos atingir os seguintes escopos: “Compreender a presença do homem como docente na Educação Infantil”; “Entender a autopercepção do professor homem docente na Educação Infantil”; “Levantar os desafios enfrentados pelo professor da Educação Infantil à luz das pesquisas científicas.” Para responder aos objetivos aventados, adotamos uma abordagem qualitativa a partir de uma Revisão Sistemática da Literatura. Os principais autores que embasam este artigo são: Apple (1988), Monteiro e Altmann (2014) e Souza (2010) que revelaram que o preconceito contra o homem na Educação Infantil é uma realidade e apontam os motivos para isso. Por fim, o efetivo trabalho docente masculino tem ajudado a mudar a opinião das pessoas ao seu redor, contribuindo para uma sociedade menos preconceituosa. Entendemos, também, que o homem é parte da sociedade e da vida de qualquer criança. Então, não é lógico que a docência na Educação Infantil lhe seja cerceada. Por isso, apesar dos desafios que os homens enfrentam, a sua presença na Educação Infantil é possível, benéfica e necessária.
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